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A presença de uma área verde densamente arborizada, adjacente à face sul do lote, motivou o desenho. A arquitetura toma forma, portanto, a partir de uma relação intrínseca com o lugar, pois, integrando-se à topografia remodelada do terreno, volta-se francamente para a natureza pré-existente. O sentido do projeto não está limitado à sua lógica interna, mas vai além, está fora, no lugar que existe da relação entre arquitetura e natureza.

Tendo como premissa fundamental a criação de uma certa relação entre a edificação e área verde, favorecida pela orientação solar, pensou-se a ocupação do terreno. A implantação toma partido da topografia existente, configurada a partir de um aterro que definiu duas cotas de nível predominantes, uma mais baixa, que se estende linearmente ao longo da face norte do lote, e outra mais alta, conformando um platô em continuidade com a área verde.

Situamos o pavimento térreo da edificação na cota mais baixa, redesenhando mais uma vez a topografia do terreno de modo a criar conexões com a área verde e facilitar os fluxos de veículos e pedestres, que se darão em nível com a rua. O pavimento superior ficou 1.8 metros acima da cota mais alta. Nele, a ocupação se volta para um espaço central que, por sua vez, se abre para o céu e para as copas das árvores.